A Itália possui uma cozinha tradicional muito variada, suas
comidas típicas herdadas do passado sofreram constantes transformações.
Antigamente, por volta do ano 500, o país ainda consistia em repúblicas
separadas, e conseqüentemente, com uma gastronomia local. Isso ocorreu até o
ano de 1800, quando esses costumes se chocaram e foram passados de geração para
geração.
No século 20, com o advento das novas tecnologias, tal como
as de produção alimentícia e de agricultura, a forma de produção dos alimentos
se modernizou, e ganhou uma nova cara. Os habitantes do sul introduziram a
pizza, enquanto os do norte colaboraram com o risoto e polenta.
Como ocorreu em vários países da Europa nesse período, o
fast food norte americano também foi adotado. Contudo, o regionalismo e as
diversidades locais ainda são o orgulho da gastronomia da Itália.
Antes da mistura desses ingredientes, era possível
classificar a culinária pelo tipo de gordura utilizado na preparação dos
pratos. O norte do país usava a manteiga, o centro, a gordura de porco, e o sul
o azeite de oliva.
Embora o país seja popularmente conhecido por seus molhos e
massas (incluindo a pizza e o macarrão), os pratos básicos do país foram o
arroz e a polenta. Foi no final do século 20, precisamente nas duas ultimas
décadas, que o país adotou a Pizza, o macarrão e o molho de tomate como pratos
típicos nacionais (antes esses alimentos eram consumidos apenas no sul).
Orégano, manjericão, salsa, alecrim e sálvia são os
principais temperos. O queijo é um alimento muito apreciado no país, existindo
mais de 400 tipos produzidos lá. O presunto também é muito apreciado, sendo
produzido originalmente em Parma (terra também do queijo parmesão). Esses
alimentos já bastam para nós sabermos por que a Pizza deu certo na região, já
que sua história remete ao Egito antigo.
O leitão assado é consumido em festas de santo, e o
Agnellino (assado de cordeiro bebê) é preparado na páscoa, que é servido com
alcachofras assadas. Os doces e sobremesas variam de local para local. Uma
receita muito consumida é o bolo Zelten (semelhante ao panetone), que é
preenchido com passas, tâmaras, figos, amêndoas, pinhões, casca de laranja, rum
e canela.
Essa receita é feita dias antes do Natal, já que segundo a
tradição, o sabor melhora com o passar dos dias. O Strudel é uma comida típica
italiana da região do Tirol no norte do país. As receitas de sobremesa no sul
são mais elaboradas, levando no preparo ingredientes como azeite de oliva (em
vez de manteiga), os lotes de ovos, frutas cristalizadas e mel.
O struffoli é muito popular, uma espécie de doce natalino
que consiste em cubos frito de massa de ovos coberto com mel e polvilhados com
açúcar colorido. O struffoli é uma especiaria de Nápoles.
Geralmente são feitas 3 refeições no dia. O café da manhã é
um café leve (la prima colazione). Freqüentemente eles param em uma cafeteria
para tomar o Caffellatte (café com leite) ou cappuccino com pão, às vezes com
manteiga e geleia, ou bolo. O almoço e o jantar não difere muito em regiões.
Quem mora na Itália aprecia o antipasto (um aperitivo
baseado em carnes frias), um prato de massa ou arroz (dependendo da região),
como o risoto, uma carne principal ou prato de peixe, uma salada e queijo e
frutas. O almoço (ou il pranza, la seconda colazione) é geralmente consumido
entre meio dia e duas horas da tarde.
O vinho e o pão estão sempre acompanhados das refeições
principais. Até mesmo as crianças saboreiam a bebida. Além dessas refeições, as
pessoas fazem lanche duas vezes ao dia. O Spuntini é feito no meio da manhã, e
o Merende no meio da tarde. Esses lanches se tornaram populares logo após a
Segunda Guerra Mundial.
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