Num inverno rigoroso desses, uma rede subterrânea ligando
lojas, prédios de escritórios e transporte público é mais do que útil. Pelo
Réso, caminho subterrâneo de Montréal, passam 500 mil pessoas diariamente,
gente como meu sobrinho Caio, morador da cidade e autor das fotos que ilustram
este texto. Com 33 quilômetros de percurso, o trajeto conecta metrô, trem e
ônibus, além de 40 pontos com opções de lazer. Uma vez ao ano os corredores são
tomados pela Art Souterrain, mostra de arte contemporânea.
O Réso (vem da palavra ‘réseau’, ‘rede’ em francês) fez 100
anos em 2010. Tudo começou com o Place Ville Marie, complexo inaugurado em
1962, que conta com 5 edifícios de escritório, um shopping center e, no total,
80 restaurantes. O primeiro trecho do Réso foi construído para ligar esse ponto
à Central Station, com o desenvolvimento do metrô na cidade, devido à Expo 67,
feira internacional realizada em Montréal.
Quem desce do metrô na estação McGill, antes ir ao Place
Ville Marie, passa pelo concorrente Eaton Centre, o maior shopping na área
central de Montréal. Se estiver andando pela Rue Sainte-Catherine, tem uma
entrada ali para o centro comercial. Essa é a graça de usar o Réso, subir e
descer onde for mais conveniente.
Você vai topar com mapas como este da foto abaixo. Mas se
prepare para se perder, ainda que carregue com você um mapa da ville intérieure
(cidade subterrânea, outro nome em francês para o trajeto).
Nenhum comentário:
Postar um comentário