Via del Plebiscito,
118. Uma proeza romana: o Palazzo Venezia, tirado do lugar em que havia sido
erguido no século XV para dar espaço ao Vittoriano, foi inteiramente
reconstruído no local onde se encontra hoje. Durante o regime fascista, o palácio
foi residência de Mussolini que, de sua sacada, falava às multidões. Hoje
funciona ali um museu cujo acervo é predominantemente de peças decorativas
medievais, tais como cerâmicas, terracotas, esmaltes e pratarias.
Centro histórico
Chiesa del Gesù
Piazza Gesù. Igreja
da ordem jesuíta, fundada por Santo Inácio de Loyola, projetada por Vignola em
1568. Alterações foram feitas por Giacomo della Porta pouco depois. É uma das
primeiras igrejas barrocas do mundo e serviu de modelo para outras construídas na
época da Contra-Reforma. Embora dezenas de artistas tenham trabalhado na
decoração do interior, os afrescos mais famosos são os de Baciccia, que adornam
o teto.
Ghetto Dois papas foram particularmente persecutórios com os
judeus em Roma. Inocêncio II obrigou-os a andar com um círculo amarelo nas
roupas (perversa ideia copiada pelos nazistas, que substituíram o círculo pela
Estrelade Davi). Em 1555,Paulo IV transformou o local habitado pela comunidade
judaica durante séculos em um gueto fechado por um muro, cujas portas eram
trancadas quando o sol se punha. Mussolini também passou a perseguir os judeus
quando aliou-se a Hitler. Em outubro de 1943, soldados nazistas cercaram o
gueto romano, prendendo mais de duas mil pessoas, que foram enviadas para campos
de concentração.
Campo dei Fiori A praça Campo dei Fiori, onde funciona um
imenso mercado ao ar livre, cercada de restaurantes e bares em uma região bem
animada e comercial, é um dos mais pitorescos lugares de Roma. Ponto de
encontro de romanos – e de turistas – possivelmente desde a Idade Média, foi
também local de execução de condenados pela Inquisição. A vítima mais ilustre
desses cruéis episódios foi Giordano Bruno, padre dominicano, escritor,
filósofo e cientista, queimado vivo no meio da praça em 1600 depois de
responder a um longo processo.
Piazza Navona Você
não pode ir a Roma e dizer que não conheceu a Piazza Navona. Esse é o coração
do centro histórico de Roma desde a Idade Média, onde, no passado mais remoto,
ficava o estádio de Domiciano. A praça, fechada ao trânsito de veículos, é
rodeada de palácios barrocos e repleta de cafés, artistas de rua e turistas. O
mais famoso deles é o Palazzo Pamphili, construído em 1650, onde está instalada
nossa embaixada. (Que chique!)
Pantheon Não espere encontrar uma ruína imperial nem mais
uma das incontáveis igrejas existentes na capital italiana. O antigo templo
dedicado a “todos os deuses” (significado de “Pantheon” em grego), erguido
provavelmente por volta de 27 a.C. e reconstruído pelo imperador Adriano entre
os anos 117 e 125, é uma das raras construções romanas que chegaram aos nossos
dias praticamente intactas. É provável que a conservação do edifício se deva à
sua transformação em igreja no século VII. Não fosse isso, dificilmente
escaparia de ter o mesmo fim de outros templos pagãos que, ao longo do tempo,
foram abandonados ou destruídos.
Santa Maria Sopra Minerva
Piazza della Minerva.
Ônibus: 64. O nome sopra Minerva significa “sobre Minerva”; a igreja foi
construída onde antes havia um templo dedicado à deusa greco-romana. É a única
em estilo gótico na capital italiana. Quando você chegar diante da igreja e
olhar para a fachada do ano 1400, pode se decepcionar… É como qualquer outra
que você estará cansado de ver na Itália, com uma enorme parede e duas
portinhas. Bem sem graça. Ao entrar, porém, terá uma agradável surpresa: ela é
linda e rebuscada, decorada em tons de azuis e dourados, com esculturas e
lindos afrescos, entre eles os que Filippino Lippi executou na Cappella Carafa.
Fontana di Trevi Quem
deseja apreciar essa fonte sem ser atropelado por multidões de turistas e tirar
uma foto decente deve fazê-lo muito cedo pela manhã ou de madrugada. A linda
obra de Nicolò di Salvio concluída em 1735 é toda enfeitada com esculturas
inspiradas na mitologia grega; a figura central representa o Oceano. A fonte já
foi cenário de mais de um filme, mas o que marcou o lugar foi o clássico La
Dolce Vita, de Fellini, no qual Anita Ekberg banha-se vestida na fonte – e
Marcello Mastroianni, não resistindo ao charme da loiríssima starlet, acaba
entrando também, de terno e gravata. (Hoje, se você fizer o mesmo, será
interpelado pelos carabinieri!) Repare na quantidade de moedas sob suas águas e
no ritual dos turistas,decostas para a fonte, jogando moedinhas por cima do
ombro. Não ria; pode ser que, estando lá, você faça o mesmo! Diz a tradição que
quem joga uma moeda na fonte voltará a Roma. Quem joga duas realiza um desejo
qualquer. (E quem joga três ou mais fica sem trocado para o ônibus…)
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