Algumas Atrações turísticas em Roma
Repleta de resquícios de diferentes épocas, Roma é uma
cidade cheia de vida, uma das mais belas e interessantes metrópoles do mundo,
além de ter, incrustado em seu território, um Estado independente, o Vaticano,
sede da Igreja Católica Apostólica Romana. Além de seu lado religioso, Roma tem
seu lado mundano, a animada noite romana.
Desde a Antiguidade, Roma tem atraído artistas, filósofos e
escritores não somente do restante da Península Itálica, mas também do mundo
inteiro. Em certos períodos históricos, ninguém era reconhecido se não tivesse
morado alguns anos por lá. Claro, você não precisa passar tanto tempo na Cidade
Eterna, mas ninguém levará a sério sua viagem à Itália (nem você mesmo!) se
Roma não fizer parte do roteiro.
Fora do centro
Termas de Caracalla
Via delle Terme di
Caracalla, 52. Ônibus: 18, 628, 671, 714.
06/39967700. Abre das
9h até uma hora antes do pôr-do-sol, exceto às segundas-feiras, quando fecha às
14h. 7 a. Iniciadas por Settimio Severo e inauguradas por Caracalla em 217, as
termas tinham capacidade para 1.500 pessoas. Depois de funcionarempor mais de
300 anos, foram desativadas quando os
godos sitiaram e literalmente “barbarizaram” Roma em 537 d.C., destruindo os
aquedutos da cidade.
O lugar era como um clube ou academia de hoje: tinha salas
para banhos de vapor (laconicum, uma espécie de sauna), banhos frios
(frigidarium), quentes (caldarium) e mornos (tepidarium), ginásio (palestra),
piscina (natatio), jardins e até biblioteca. O historiador Suetônio relata
queixas de moradores vizinhos incomodados com a bagunça e o vozerio (fora a
gritaria vinda do setor onde eram realizadas depilações…)
As termas dispunham também de lugares onde se podia comer e
beber, servindo, como era o costume romano, de ponto de encontro. Os recintos
eram decorados com obras de arte. Ali foram encontradas muitas estátuas,
inclusive o famoso Touro Farnese, que está no Museu Arqueológico de Nápoles.
Ainda hoje, mesmo com a maior parte do complexo destruída, você ficará
impressionado com a grandiosidade das termas. Mas ficará ainda mais se pensar
que, após o fim do Império Romano, o homem ocidental só voltou a tomar banho
regularmente no século XX!
Campidoglio
Piazza del Campidoglio A construção dessa praça situada no
topo da colina do Campidoglio, no centro histórico da velha Roma medieval, foi
ideia de um dos papas da família Farnese, Paulo III, que, para desenvolver o
projeto, escolheu ninguém menos que Michelangelo. O acesso principal à praça se faz por uma
monumental escadaria, no alto da qual gigantescas estátuas de Castor e Pólux
reforçam a imponência do lugar. Seu piso, revestido de mármore, tem no centro
uma estrela, sobre a qual está assentada a réplica de uma estátua equestre de
Marco Aurélio. Em três lados da praça, a beleza das fachadas dos edifícios que
as circundam completa a harmonia do conjunto. Dois dos prédios abrigam os
Museus Capitolinos: o Palazzo dei Conservatori e o neoclássico Palazzo Nuovo. O
Palazzo Senatorio,no lado oposto da escadaria, é o mais antigo deles, mas sua
fachada foi reformada ao gosto renascentista.
Museus Capitolinos
Piazza del
Campidoglio, 1. Os dois prédios ocupados pelo museu são interligados por uma
galeria subterrânea.
Palazzo dei Conservatori No pátio externo você verá uma
série de peças e fragmentos do período romano; o destaque é uma cabeça do
imperador Constantino, de 2,60 metros de altura, o que restou de uma enorme
estátua que antes era idolatrada na Basílica de Constantino. No interior, você
encontrará uma excelente coleção de relevos e esculturas, entre elas o Spinario
(a superconhecida estátua do garoto tentando arrancar um espinho do pé) e a
famosíssima Lupa Capitolina, a loba amamentando Rômulo e Remo, do século V a.C.
Nesse palácio estão expostas também peças egípcias. A pinacoteca, no segundo
andar, possui telas de grandes mestres, como Caravaggio, Rubens, Tintoretto,
Veronese e Pietro da Cortona.
Palazzo Nuovo Nesse prédio estão muitas obras do período
greco-romano, entre elas a estátua original de Marco Aurélio, retirada da
Piazza del Campidoglio, o Discóbolo, a famosa Vênus Capitolina, uma série de
bustos de filósofos e escritores gregos e romanos e outra de imperadores
romanos. Na época, não havia fotografias… Quer saber como era Cícero? Ou que
cara tinha Augusto? Além, é claro, do valor histórico e da alta qualidade
artística das obras, essas curiosidades tornam muito interessante a visita ao museu.
Museus Capitolinos.
Oficial.
Santa Maria d’Aracoeli Construída sobre o local de um antigo
templo pagão, a igreja, em estilo românico, fica no alto da colina do
Campidoglio, atrás do Palazzo Nuovo. Para alcançá-la é preciso subir uma grande
escadaria. A fachada em tijolinhos não tem nada de muito especial, mas o
interior surpreende e os afrescos de Pinturicchio merecem uma olhada.
Piazza della Bocca della Verità Nessa praça estão alguns dos templos antigos
mais bem preservados de Roma, como a Basilica di San Giorgio in Velabro, do
século VI, com colunas jônicas, e a igreja ortodoxa de planta arredondada Santa
Maria in Cosmedin, palavra que vem do grego e significa “cosmético” ou
“bonito”. Embora a igreja seja muito graciosa, ela é conhecida principalmente
por ter, em seu pátio, a Bocca della Verità, uma enorme peça redonda de mármore
com a figura de um homem de boca entreaberta, que servia de tampa de bueiro na
época dos romanos (quando até as tampas de bueiros eram artísticas!). Segundo a
tradição, ela morde a mão dos mentirosos que a enfiarem ali. Se a explicação
que você deu aquela vez em que voltou para casa de madrugada não colou, talvez
seja melhor não fazer a experiência… Certos políticos também devem se abster.
Vittoriano (Monumento a Vittorio Emanuele)
Piazza Venezia.
Enorme e rebuscado, esse monumento nacionalista realmente chama a atenção; você
não conseguirá deixar de vê-lo, mesmo que queira! Ele foi construído em 1885 na
Piazza Venezia para comemorar a ascensão ao trono de Vittorio Emanuele, o
primeiro rei da Itália após a unificação do país. Se o arquiteto responsável
pelo projeto quis impressionar pela grandiosidade da obra, ele conseguiu, mas o
Vittoriano não agrada a todos. Ele é apelidado pelos romanos de “bolo de
noiva”, de “máquina de escrever” (pelo formato esquisito) e de outros nomes
menos, digamos, publicáveis…
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