segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Religiosidade Portuguesa



Portugal é um roteiro de templos, cultos e festas religiosas que podemos percorrer cheios de fé ou duma espiritualidade de raiz mais universal, seja em busca do sagrado ou de nós próprios.

Começando por Fátima, Capital da Paz e um dos principais locais de peregrinação mariana de todo o mundo, são muitos os motivos de visita, desde a rota das catedrais à descoberta de singelas ermidas e capelas de invocação ao padroeiro local.

Com a herança que a sua presença deixou no território, também a fé judaica é hoje motivo de descoberta, com especial incidência no Centro de Portugal. E vários são os caminhos hoje percorridos por peregrinos que repetem os passos de outrora com destino a Santiago de Compostela.

Afinal todos estamos irmanados no mesmo espírito de igualdade na diferença, ligados numa causa comum que é a ancestral abertura ao outro que caracteriza os portugueses. É porque acreditamos e nos sentimos inspirados por este movimento genuíno de gostar e receber que acolhemos com alegria quem nos visita qualquer que seja a sua crença religiosa.



 O Santuário de Fátima é uma das maiores referências do culto mariano, a que acorrem peregrinos de todo o mundo.


O local onde está o Santuário de Fátima, a Cova da Iria, era até 1917 um lugar desconhecido do concelho de Ourém, na freguesia de Fátima. Nesse ano, um acontecimento religioso veio mudar para sempre a sua história e importância, quando três crianças pastoras, Jacinta e seus dois primos Francisco e Lúcia, testemunharam sucessivas aparições de Nossa Senhora do Rosário. Encarado inicialmente com relutância pela Igreja mas acarinhado pelo povo, o fenómeno só em 1930 seria reconhecido pelo bispo de Leiria. A partir de então o desenvolvimento da localidade foi notório, levando a que Fátima fosse elevada a vila, em 1977, e a cidade, em 1997.

A fama mundial do Santuário acentuou-se durante o papado de João Paulo II, assumido devoto de Nossa Senhora de Fátima que em 1982 aí se deslocou em agradecimento por ter sobrevivido a um atentado um ano antes. Em 2000, na sua terceira visita ao local, anunciou a beatificação de Jacinta e Francisco, a quem o Vaticano atribuiu o milagre de uma cura.



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